A
performance Ch@furdo é o mais novo
trabalho do grupo Dona Zefinha. Elenco formado pelos irmãos Orlângelo Leal,
Paulo Orlando e Ângelo Marcio. Com este trabalho a equipe retorna aos primeiros
espetáculos e exercícios dos anos noventa quando ainda era chamada de Trupe
Metamorfose.
Na
nova empreitada o grupo investiga as artes da palhaçaria, cinema mudo, teatro
físico e musicalidade. Em 1997 o grupo montou “Três Faniquitos sem Concerto”, foi o primeiro contato com a estética
do clown. Em ch@furdo os atores mantém
o clown, mas atuam de cara limpa. O processo investigativo é a busca do ator autônomo, consciente
de seu ofício, que domina o espaço e faz contato com o público num jogo de
comicidade bem divertido e prazeroso.
A
metodologia é divida em dois momentos: O Studio e a vivência.
Studio - Elaboração de Números:
Entende-se
aqui a palavra “número” como uma
exposição de habilidades ou jogos cênicos organizados por um performer. O
artista retira algo do lugar comum surpreendendo a platéia a partir de uma ação
inusitada, desfecha a performance com um “grand finale”.
O
número como ponto de partida para montagem de um espetáculo: Esse é o mote.
Como elaborar números originais a partir do nada? Existem ferramentas que
ampliam o campo de possibilidades cênicas de um interprete? Como montar um
espetáculo a partir de números sem um texto ou roteiro pré definido? Como
encontrar a alquimia entre espaço e tempo para que este espetáculo não seja uma
mera exibição de habilidades? Como seduzir e encantar a platéia? Como fazer
contato com o público? Como encontrar o humano?
Vivência – Intervenção urbana:
A
montagem é experimentada em cena com o público através das intervenções
urbanas, ajudando o ator na descoberta do tempo/jogo mais verdadeiro. Cabe aqui
nesta ação colher do público algumas ideias e sugestões para que os atores
possam administrar melhor o jogo cênico e a relação com a platéia.
A
primeira exibição pública foi no lançamento da feira do livro infantil de
Fortaleza no Passeio público em Abril de 2012. A convite do Centro Cultural
Banco do Nordeste as cidades de Redenção, Itaitinga, Fortaleza e Itapipoca
também poderam conferir. A 1º temporada de exibição da performance terminou durante
o I Festival Nacional de Teatro de Rua do Ceará, onde o grupo apresentou por 02
vezes a performance nas cidades de
Maranguape e Pacatuba, público generoso que nos instigou bons lances de
improvisação. O exercício que iniciou em março de 2012 chega assim na sua 6º
exibição. Agora o grupo volta para estudo e limpeza, bem como a composição de
novas cenas. Em janeiro de 2013 promessas de novas ideias. Quem sabe?
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