Por Jonas de Jesus e Bruno Sodré
A viagem do Sertão.doc pelo município de Itapipoca começou no dia 30 de novembro de 2011, rumo a casa de teatro dona Zefinha a nova parada da arte/ cultura do município, o espaço de invenções como o grupo costuma chamar foi inaugurada em abril deste ano e vem tendo ótimos resultados e para o grupo voltar onde iniciamos a nossa pesquisa com Orlângelo Leal, agora com tudo pronto, foi sensacional.
O município de Itapipoca fica aproximadamente à 300 km de Fortaleza. Sua imagem reflete ser um lugar de festejo, apesar da pequena área com mais ou menos 190 mil habitantes. É lá que está a sede da Dona Zefinha, um grupo constituído por três irmãos com o sobrenome “Leal” e que hoje tem agregado suas companheiras e filhos. O grupo Dona Zefinha é um dos grupos que, ao longo dos seus dez anos de trabalho, utiliza da arte como um processo de desenvolvimento sustentável, trabalhando com dança, teatro, música, dramaturgia e produção cultural, conseguindo se tornar referência na cidade de Fortaleza e, respectivamente, na cidade onde estão inseridos: Itapipoca-Ce. Uma das fortes características do grupo é o engajamento com a cultura popular local. Orlangelo Leal, o líder do grupo foi quem fez acessória de pesquisa e musical do espetáculo Sertão.doc; Joélia Braga, companheira e também integrante do grupo, também esteve no processo do nosso espetáculo confeccionando o figurino; esses vínculos contaram para que viéssemos fazer essa apresentação na cidade.
A casa Dona Zefinha é uma conquista do grupo que há quase um ano vem promovendo atividades teatrais na cidade de Itapipoca. ”O objetivo da casa não é de promover oficinas e/ou cursos artísticos, visto que já existem iniciativas em torno dessa direção, mas de proporcionar formação de platéias, sendo um espaço cultural”, é o que nos fala Orlangelo Leal. Apresentamos o espetáculo “Sertão.doc” num projeto desenvolvido pela “Casa” chamado “Rua da Alegria”.
Ocupamos uma praça bastante movimentada no centro da cidade, alguém falou que era a primeira vez que o projeto “Rua da Alegria” apresentava ali. A princípio pensamos que não haveria público, mas aos poucos foram chegando, as crianças logo se fizeram perceber como público motivante, com elas os pais se aproximaram. Durante a montagem percebemos certo interesse de alguns transeuntes que passavam e perguntavam curiosos – O que vai acontecer ai? – É um espetáculo teatral! Respondíamos.
Mais uma vez o sertão.doc modifica a rotina atemporal do município com suas bicicletas e mascaras e as imponentes cores vermelhas, o fato de estarmos ali montando o cenário já atraia o público que ficou até a última cena, tivemos uma ótima interação com as crianças que entrou nas cenas.
Nóis de Teatro
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